Nos últimos dias, informações sobre uma cláusula de Erling Haaland em seu contrato com o Manchester City começaram a surgir entre importantes jornalistas e meios de comunicação.
Fabrizio Romano, um dos nomes com maior credibilidade no mundo das transferências e rumores, confirmou a existência da dita cláusula: "Nos próximos meses, contarei o valor da cláusula de Haaland e quando ela poderá ser ativada...".
Foi o renomado jornalista inglês David Ornstein, contudo, quem soltou a exclusiva ainda em maio:
"Há rumores de uma cláusula de rescisão no contrato de Erling Haaland que descobriremos em breve. Seria para potencialmente satisfazer o desejo de longa data de Haaland de jogar no Real Madrid."
Finalmente, Mario Cortegana, discutivelmente a fonte espanhola mais confiável quando se trata de Real Madrid, confirmou no podcast 'The Four Amigos' a existência de duas cláusulas: 2024, no valor de €200M; e 2025, por €175M. Contudo, a ativação destas estaria associada ao cumprimento de uma série de objetivos, tanto individuais quanto coletivos.
Ainda que consagrados jornalistas tenham legitimado a informação, Pep Guardiola comentou na última quarta-feira, 5 de outubro: "Não é verdade, nenhuma cláusula para o Real ou qualquer time. Não é verdade, o que posso dizer? Tenho a sensação de que [Haaland] está incrivelmente feliz aqui e vamos tentar fazê-lo feliz.". Não é preciso ter um doutorado em relações públicas para intuir que a fala de Pep busca dissipar os boatos e tirar importância de rumores que, honestamente, carecem de qualquer tipo de sentido quando não fazem sequer 6 meses que Haaland é jogador do Manchester City. Nessa linha, Fabrizio Romano comentou acerca das declarações de Pep e certificou a existência de uma cláusula geral - não específica ou exclusiva para o Real Madrid ou outro clube.
Haaland no Real Madrid?
Se a novela Kylian Mbappé nos ensinou alguma coisa após longos anos sendo cultivada pela imprensa espanhola, diretoria madridista e o próprio entorno do jogador, é a ter cautela e prudência na hora de abordar a complexidade destes tipos de transferências.
Erling Haaland, como não poderia ser diferente, está tendo um início arrasador no Manchester City, liderando a corrida pela Bota de Ouro da atual temporada com assustadores 19 gols em 12 jogos - 14 em 8 jogos da Premier League - até o momento. Havendo escolhido, como sempre ao longo de sua perfeitamente planejada carreira, o melhor contexto para se destacar, Haaland é a cereja no bolo do excelente projeto esportivo do City e custa pensar que o monstro norueguês possa deixar o clube nos próximos anos.
Entretanto, na produção 'Haaland - A Grande Decisão' que documenta os bastidores do processo de decisão de Erling em se transferir ao Man City, Alfie Haaland (pai) alega: "Acho que Erling quer testar suas capacidades em todas as ligas. Então ele pode ficar em todas as ligas por três a quatro anos no máximo. Ele poderia ter 2 anos e meio na Alemanha, 2 anos e meio na Inglaterra e depois na Espanha, Itália, França, certo? (Risos)." Ainda no documentário, Erling foi questionado 'como você pode dizer não ao lendário Real Madrid?', no qual respondeu:
"Boa pergunta (risos). Você não pode, realmente, dizer não ao Real Madrid."
Embora estes fragmentos, junto aos relatos de que Erling tem o sonho de jogar no Madrid algum dia (David Ornstein, Ramón Álvarez de Mon), sejam um ponto de esperança para o madridismo, o Madrid não deve e não ficará à espera do atacante. Segundo José Félix Díaz, 'o clube não espera nada de Haaland ou Mbappé, independentemente de quantas cláusulas tenham. Se a operação for fácil e acessível, o Madrid estudará o caso, mas não interromperá seus planos por eles'.
É certo que o Real Madrid continuará monitorando a situação de Haaland enquanto busca pelo próximo camisa 9 para substituir o veterano Karim Benzema, que por sua vez renovará em breve o vínculo com o clube até 2024, quando finalmente deve encerrar sua lendária passagem pelo Santiago Bernabéu.
Por respeito ao jogador, aos clubes envolvidos e aos torcedores madridistas que viveram em primeira pessoa o circo montado no caso Kylian Mbappé, esqueçamos de Erling Haaland por alguns anos.
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